De acordo com a OMS, cerca de ⅓ dos óbitos femininos são causados por doenças cardiovasculares, o que chega a 8,5 milhões de mortes ao ano. Dentre esses milhões de falecimentos, alguns deles podem estar relacionados com a menopausa, pois ela tem relação com risco cardiovascular.
Essa relação está sendo percebida nos últimos anos de acordo com alguns fatores, como o aumento da doença aterosclerótica, típica no climatério.
As transformações que ocorrem nos corpos das mulheres durante a transição para a menopausa são significativas, o que explica o aumento dos problemas cardíacos e vasculares nessa época.
Para explicar melhor quais são esses riscos, criamos esse post. Confira!
Qual a relação entre a menopausa e risco cardiovascular?
A relação entre menopausa e risco cardiovascular existe e é essencial compreender quais são as doenças que podem ocorrer nesse período da vida feminina:
Doença arterial coronariana
Durante sua fase fértil, raramente alguma mulher apresenta doença arterial coronariana, diferente dos dados encontrados na menopausa.
De acordo com estudos, a velocidade em que se dá o desenvolvimento de doença aterosclerótica coronariana em pacientes do sexo feminino após a menopausa é mais rápida do que nos homens.
Inclusive, a partir dos 75 anos, elas apresentam cerca de 5% a mais de incidência do que eles na mesma idade.
Infarto agudo do miocárdio
Outro achado interessante: dos 45 a 64 anos, o número de infartos aumenta cerca de 45 vezes em comparação a mulheres com idade inferior.
Esse aumento discrepante se dá por alguns motivos, como as alterações hormonais, sedentarismo, ganho de peso, aparecimento de doenças como diabetes, que não são tratadas corretamente, e também a falta de cuidados com a saúde, de modo geral.
Hipertensão arterial
Ao passar dos anos, principalmente depois do climatério e da estabilização dos sintomas com a chegada da menopausa, gradativamente o número de mulheres com hipertensão arterial sofre um aumento.
Essa condição é preocupante, pois ela além de ser um problema de saúde, também é fator de risco para uma porção de doenças cardíacas, inclusive as citadas neste post.
Mesmo que não tenha cura, medicamentos específicos e a prática recorrente de exercícios físicos fazem com que a pressão arterial se mantenha em equilíbrio.
O acompanhamento com cardiologista é essencial para saber como está a condição e se ela está relacionada a outros problemas cardiovasculares.
Dislipidemias
As principais dislipidemias encontradas na menopausa são o aumento do LDL, a diminuição do HDL e o aumento dos triglicerídeos.
Apesar de homens na mesma faixa etária apresentarem problemas semelhantes, esse crescimento na população feminina é significativo, principalmente no climatério.
Esses problemas levam a um alto risco cardiovascular, principalmente para a doença aterosclerótica típica.
Controlar os níveis de colesterol total e triglicérides é essencial para a saúde do coração e o estado de saúde geral do paciente.
Como diminuir o impacto da menopausa no risco cardiovascular?
Diminuir o risco cardiovascular associado à menopausa é o desejo de muitas mulheres, assim como da comunidade científica e médica.
Além de ser recomendado manter os exames cardiológicos em dia, e ter uma frequência específica de check ups, há também outra opção para auxiliá-las: a reposição hormonal.
No entanto, é recomendado que isso seja realizado com auxílio do ginecologista, e feito assim que os primeiros sintomas do climatério surgirem, o que fará com que a transição para essa nova fase da vida seja menos complicada e traga menos débitos para a saúde.
Agora que você já sabe mais sobre a relação entre menopausa e risco cardiovascular, aproveite para ler sobre obesidade e risco cardiovascular em crianças e adolescentes.